Wellington Sversut - Bauru - Brasil

Espinosa - afecção / afeto

O que causa a minha alegria ou a minha tristeza?

Filosofia da Moral ou Ética
Tema: afecção / afeto
Filósofo: Espinosa (1632 – 1677)
Obra: Ética Demonstrada à Maneira dos Geômetras (1677, póstuma)

Biografia

Espinosa, B. (1632 – 1677) foi um filósofo holandês de origem portuguesa, nascido de uma família que havia fugido da inquisição lusitana. Um dos primeiros pensadores do Iluminismo e da crítica bíblica moderna, incluindo das modernas concepções de si mesmo e do universo, ele veio a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII.

Habilidade: ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros

ESPINOSA – Deus, relação mente-corpo

ESPINOSA – Motivação, emoções e paixões

Professor Oswaldo Giacoia Jr. 
O Poder dos Afetos em Espinosa  (Resumo)

Habilidade: ler textos filosóficos de modo significativo

Ética demonstrada à maneira dos geômetras

PARTE V
Da Potência, da inteligência ou da liberdade humana

AXIOMAS
I. Se, no mesmo sujeito, são excitadas duas ações contrárias, deverá necessariamente produzir-se, em ambas ou numa só, uma mudança, até deixarem de ser contrárias.
II. A potência de um efeito é definida pela potência da sua causa, na medida em que a essência dele é explicada ou definida pela essência da sua causa.

PROPOSIÇÃO I
Como os pensamentos e as ideias das coisas se ordenam e encadeiam na alma, exatamente da mesma maneira as afecções do corpo, ou seja, as imagens das coisas, se ordenam e encadeiam, no corpo.

DEMONSTRAÇÃO
A ordem e a conexão das ideias são o mesmo que a ordem e a conexão das coisas e, inversamente, a ordem e a conexão das coisas são o mesmo que a ordem e a conexão das ideias. Por isso, assim como a ordem e a conexão das ideias na alma se produzem segundo a ordem e o encadeamento das afecções do corpo, assim, inversamente, a ordem e a conexão das afecções do corpo se produzem da mesma maneira que os pensamentos e as ideias das coisas se ordenam e se encadeiam na alma.

PROPOSIÇÃO II
Se nós separamos pelo pensamento uma comoção da alma, ou seja, uma afecção da sua causa externa, e a ligamos a outros pensamentos, então o amor ou o ódio para com a causa externa, assim como também, as flutuações da alma, que nascem destas afecções, serão destruídas.

DEMONSTRAÇÃO
Com efeito, aquilo que constitui a forma do amor ou do ódio é a alegria ou a tristeza acompanhada da ideia de uma causa externa; logo, suprimida esta ideia, suprime-se simultaneamente a forma do amor ou do ódio; e, por conseguinte, estas afecções e as que delas provêm são destruídas.

PROPOSIÇÃO III
Uma afecção, que é paixão, deixa de ser paixão no momento em que dela formamos uma ideia clara e distinta.

DEMONSTRAÇÃO
Uma afecção que é paixão é uma ideia confusa (pela definição geral das afecções). Se, portanto, formarmos uma ideia clara e distinta dessa afecção, esta ideia não se distinguirá senão pela relação desta afecção, enquanto ela se refere só à alma; e, por conseguinte, a afecção deixa de ser paixão.

COROLÁRIO
Portanto, uma afecção está tanto mais em nosso poder e a alma sofre tanto menos da sua parte quanto melhor nós a conhecemos.

Dicionário Filosófico

Afeto - é uma mudança ou modificação que ocorre simultaneamente no corpo e na mente. A maneira como somos afetados pode diminuir ou aumentar a nossa vontade de agir.

Conatus - é uma força ativa que se esforça para manter a existência.

Potência de agir - (bons encontros)

Habilidade: elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo

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