Scruton - beleza

Se tudo pode ser considerado arte, qual o propósito e o mérito de conquistar esse título?

Filosofia da Arte ou Estética

Tema: a beleza

Filósofo: Scruton, R. (1944 - 2020)

Obra: Beleza (2009)

Biografia

Scruton, R. (1944 - 2020) foi um filósofo e escritor inglês cuja especialidade era a estética.

Habilidade: ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros

Andy Warhol Screen Test 3 Edie Sedgwick

Habilidade: ler textos filosóficos de modo significativo

Beleza (2009)

5. A Beleza Artística

A arte como tipo funcional

(...)

As obras de arte possuem uma função dominante. Elas podem cumprir essa função de modo recompensador, estimulando o pensamento, enriquecendo o espírito e conquistando para si um público fiel que as procura a fim de encontrar consolo e inspiração. Elas podem cumprir essa função também de formas consideradas ofensivas ou humilhantes.

Arte e entretenimento

(...)

Não parece insensato sugerir ser esta a definição de um dos objetivos da arte: apresentar mundos imaginários diante dos quais podemos adotar uma postura de interesse imparcial, como parte de uma atitude estética plena.

(...)

As obras artísticas são significativas, e não apenas formas interessantes das quais usufruímos sem nenhuma explicação. Elas são atos comunicativos que nos transmitem um significado - e esse deve ser compreendido.

O valor da arte

(...)

As obras de arte podem ser enaltecidas de diversas formas. Podem ser comoventes e trágicas, melancólicas ou jubilosas, equilibradas, melodiosas, elegantes e instigantes. Embora beleza e significado se vinculem na arte, algumas das obras mais significativas de nossa história recente mostram-se claramente feias, e até mesmo ofensivas, ao tocarem em pontos sensíveis.

Beleza e verdade

(...)

Nossas obras de arte favoritas parecem nos conduzir à verdade da condição humana e nos revelar, a partir de exemplos de ações e paixões isentas das contingências da vida cotidiana, que ser humano de fato vale a pena.

Arte e moralidade

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Às obras de arte é proibida a moralização apenas porque ela destrói seu verdadeiro valor moral, que é a capacidade de abrir nossos olhos aos outros e de disciplinar nossas afinidades pela vida tal qual ela é. A arte não é moralmente neutra, mas possui uma forma própria de emitir e justificar afirmações morais.

Dicionário Filosófico

Arte pela arte - é um sistema de crenças que defende a autonomia da arte, desligando-a de razões funcionais, pedagógicas ou morais e privilegiando apenas a Estética.

Arte conceitual – iniciou na década de 1960 e é um movimento que se concentra em ideias em detrimento do formalismo e objetos.

Arte degenerada – foi o termo oficialmente divulgado para a arte moderna, difamada com justificativas de teoria racial durante o governo nazista na Alemanha.  

Habilidade: elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo

1 – A arte como função. (cinema)

Escreva os nomes de dois filmes (um que tenha a função “de enriquecendo do espírito” e o outro uma função “degenerativa” com forme o texto e o vídeo) e os respectivos links para o trailer. Justifique brevemente as razões das escolhas.

2 – A arte como entretenimento. (música)

Escreva os nomes de duas músicas, seus compositores e intérpretes (uma que tenha a “uma atitude estética plena” e a outra que seja “somente entretenimento”) e os respectivos links para a execução. Justifique brevemente suas escolhas.

3 – O valor da arte. (pintura)

Cole duas pinturas com os nomes de seus respectivos artistas (uma que tenha a “comovente” e a outra “feia”). Justifique brevemente suas escolhas.

4 – Beleza e verdade. (teatro)

Cole uma imagem de uma peça teatral com seu respectivo nome e autor onde o destaque seja que o “ser humano de fato vale a pena”. Justifique sua escolha.

5 – Arte e moralidade. (escultura)

Cole uma imagem de uma escultura que corresponda a esta asserção de Scruton: “A arte possui uma forma própria de emitir e justificar afirmações morais”. Explique a ação moral humana expressa na arte que você escolheu.