Como aproveitar nossa vida de forma prazerosa?
Filosofia da Moral ou Ética
Tema: o hedonismo (prazer) Filósofo: Epicuro (341 – 270 a.C.)
Obra: Carta a Meneceu
Biografia
Epicuro (341 – 270 a.C.) foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.
Habilidade: ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros
Epicuro - A Filosofia como Medicina da Alma
Habilidade: ler textos filosóficos de modo significativo
Carta a Meneceu
Que nem o jovem se demore a filosofar, nem o velho de filosofar se canse. Não somos nem muito jovens nem muito velhos para a saúde da alma. (...) De modo que devem filosofar tanto o jovem quanto o velho: este para que envelhecendo se mantenha jovem pelas boas lembranças do passado, aquele para que seja ao mesmo tempo jovem e maduro pela coragem de enfrentar o futuro. (...)
Os deuses existem: é evidente o conhecimento que temos deles. Não existem talvez do modo como os concede a maioria, porque pelo conceito que faz acaba por retirar deles todo o fundamento de existência. (...)
Assim, o mais terrível dos males, a morte, não é nada para nós, porque quando nós existimos não existe a morte, quando existe a morte, não existimos mais. (...)
Mas a maioria, no que se refere à morte, ora foge dela como o maior dos males, ora a procura como cessação dos males da vida. O sábio, no entanto, não rejeita nem teme a morte, porque nem é contrário à vida nem considera um mal o não viver. (...)
É por isso que nós dizemos que o prazer é o princípio e o fim último da vida feliz. Nós sabemos que ele é o nosso bem primeiro e congênito; dele partimos em qualquer ação de escolha e rejeição, e a ele nos reportamos ao julgarmos todo bem com base nas afeições assumidas como norma. (...)
Portanto, todos os prazeres que, pela sua natureza, nos são inerentes são um bem, mas nem todos devem ser aceitos; assim como todas as dores são um mal, mas nem todas o são a ponto de serem evitadas. Com base no cálculo e considerando a utilidade e o dano, é preciso julgar todas essas coisas. Ás vezes sentimos que o bem é para nós um mal e, vice-versa, o mal é um bem. (...)
Os alimentos frugais produzem um prazer igual ao de uma refeição suntuosa, uma vez que eliminamos a dor da necessidade, e pão e água produzem um prazer mais completo quando consumidos por quem deles precisa. Acostumar-se a alimentos simples e frugais é um bem para a saúde... (...)
Portanto, quando dizemos que o prazer é o bem completo e perfeito, não nos referimos aos prazeres dos dissolutos ou dos crápulas, como acreditam alguns que não conhecem, ou não partilham, ou mal interpretam nossa doutrina, mas sim a não ter dor no corpo nem inquietação na alma. (...)
De todas essa coisas, o princípio e o bem supremo é a prudência; por esse motivo, mais apreciável que a filosofia é a prudência, pois desta se originam todas as outras virtudes, que ensina que não pode existir vida feliz sem que ela seja também sábia, bela e justa, e tampouco que ela seja sábia, bela e justa sem ser feliz. De fato, as virtudes são inerentes à vida feliz, e esta é inseparável das virtudes.
Dicionário Filosófico
Hedonismo – Nome genérico das diversas doutrinas que situam o prazer como o sumo bem do homem ou que admitem a busca do prazer como o primeiro princípio da moral. Para Epicuro prazer é a ausência de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.
Tetrapharmacon (os quatro remédios para a felicidade) – Primeiro: não tenha medo dos deuses; segundo: não tenha medo da morte; terceiro: o prazer está a disposição de todos; e quarto: o mal dura pouco.
Habilidade: elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo
1 – Para que o filosofar é importante ao jovem?
( ) para que envelhecendo se mantenha jovem pelas boas lembranças do passado
( ) para que envelhecendo se mantenha jovem pelas boas lembranças do passado
( ) para que seja ao mesmo tempo jovem e maduro pela coragem de enfrentar o futuro.
2 – Segundo Epicuro, os deuses podem nos ajudar?
( ) sim ( ) não
3 – Sobre a morte, complete:
“Quando nós existimos ela ______ ___________________”.
“Quando ela existe nós ______ ___________________”.
4 – Portanto, devemos temer a morte?
( ) sim ( ) não
5 – Sendo assim, podemos cometer o suicídio?
( ) sim ( ) não
6 – Em uma palavra, qual é o princípio e o fim último da vida feliz?
_____ ____________________.
7 – Dê um exemplo de como um bem pode tornar-se, para nós, um mal; e como um mal pode tornar-se, para nós, um bem?
8 – Segundo Epicuro, devemos comer:
( ) somente o necessário
( ) uma refeição suntuosa
Por quê?
9 – O prazer é um bem completo e perfeito quando não temos dor no corpo e nem inquietação na alma.
( ) verdadeiro ( ) falso
10 – Qual é a virtude mais importante para Epicuro?
( ) a prudência ( ) a coragem ( ) a gentileza ( ) a gratidão
11 – O que é inerente e inseparável para termos uma vida feliz?
( ) são as virtudes ( ) são os conhecimentos ( ) são as ciências
12 – O que é o hedonismo?
13 – Relacione:
(A) prazer efêmero ( ) ausência de dor
(B) prazer estável ( ) alegria
14 – Quais são os quatro remédios para termos uma vida feliz?
15 - ENEM - 2014 - No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim:
( ) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
( ) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
( ) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
( ) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
( ) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.
( ) a prudência ( ) a coragem ( ) a gentileza ( ) a gratidão
( ) são as virtudes ( ) são os conhecimentos ( ) são as ciências
14 – Quais são os quatro remédios para termos uma vida feliz?
15 - ENEM - 2014 - No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim:( ) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
( ) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
( ) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
( ) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
( ) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.
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