Wellington Sversut - Bauru - Brasil

Anselmo - argumento

A existência de Deus pode ser provada por meio de um raciocínio lógico?


Filosofia do Conhecimento
Tema: argumentação 
Filósofo: Anselmo (1033 - 1109)
Obra: Proslógio

Biografia

Anselmo (1033 - 1109) – filósofo e prelado da Igreja, exerceu enorme influência sobre a teologia ocidental e é famoso principalmente por ter criado o argumento ontológico para a existência de Deus.

Habilidade: ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros


INTRODUÇÃO À LÓGICA - Canal Alimente o Cérebro

INTRODUÇÃO À LÓGICA - Canal Alimente o Cérebro
A definição de Argumento

Habilidade: ler textos filosóficos de modo significativo

Proslógio

Capítulo II - Que Deus existe verdadeiramente

Então, ó Senhor, tu que nos concedeste a razão em defesa da fé, faze com que eu conheça, até quanto me é possível, que tu existes assim como acreditamos, e que és aquilo que acreditamos. Cremos, pois, com firmeza, que tu és um ser do qual não é possível pensar nada maior. Ou será que um ser assim não existe porque "o insipiente disse, em seu coração: Deus não existe"? (Salmos 13,1). Porém, o insipiente, quando eu digo: "o ser do qual não se pode pensar nada maior", ouve o que digo e o compreende. Ora, aquilo que ele compreende se encontra em sua inteligência, ainda que possa não compreender que existe realmente. Na verdade, ter a ideia de um objeto qualquer na inteligência, e compreender que existe realmente, são coisas distintas. Um pintor, por exemplo, ao imaginar a obra que vai fazer, sem dúvida, a possui em sua inteligência; porém, nada compreende da existência real da mesma, porque ainda não a executou. Quando, ao contrário, a tiver pintado, não a possuirá apenas na mente, mas também lhe compreenderá a existência, porque já a executou. O insipiente há de convir igualmente que existe na sua inteligência "o ser do qual não se pode pensar nada maior", porque ouve e compreende essa frase; e tudo aquilo que se compreende encontra-se na inteligência. Mas "o ser do qual não é possível pensar nada maior" não pode existir somente na inteligência. Se, pois, existisse apenas na inteligência, poder-se-ia pensar que há outro ser existente também na realidade; e que seria maior. Se, portanto, "o ser do qual não é possível pensar nada maior" existisse somente na inteligência, este mesmo ser, do qual não se pode pensar nada maior, tornar-se-ia o ser do qual é possível, ao contrário, pensar algo maior: o que, certamente, é absurdo. Logo, "o ser do qual não se pode pensar nada maior" existe, sem dúvida, na inteligência e na realidade. 

Dicionário Filosófico

Argumento – Lógica é o estudo de argumentos. Um argumento é uma sequência de enunciados na qual um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou, pelo menos fornecer alguma evidência para a conclusão. As premissas e a conclusão de um argumento são sempre enunciados ou proposições – isto é, significados ou ideias expressáveis por sentenças declarativas. (John Nolt) 

Habilidade: elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo

Um argumento ocorre somente quando se pretende sustentar ou provar uma conclusão, a partir de um conjunto de premissas. Esse propósito é frequentemente expresso pelo uso de indicadores de inferência. Indicadores de inferência são palavras ou frases utilizadas para assinalar a presença de um argumento. Eles são de duas espécies: indicadores de premissas, os quais assinalam que a sentença na qual eles se prefixam é uma premissa; e indicadores de conclusão, os quais assinalam que a sentença que os contêm ou nos quais eles se prefixam é uma conclusão. (John Nolt) 

Indicadores de premissa
Pois
Desde que
Como
Porque
Visto que

Indicadores de conclusão
Portanto
Assim
Daí
Logo
Então

1 - Nos argumentos seguintes identifique a premissa e a conclusão
a) O mundo é infinito segundo o tempo e o espaço. (proposição 1) 
Então, o mundo não tem limite. (proposição 2) 
Premissa: ______ 
Conclusão: ______ 
b) Tudo no mundo é constituído do simples. (proposição 1) 
Pois, nada é realizado pelo composto. (proposição 2) 
Premissa: ______ 
Conclusão: ______ 
c) Não há liberdade. (proposição 1) 
Visto que, tudo no mundo é determinado. (proposição 2) 
d) Na série das causas do mundo, há um ente necessário qualquer. (proposição 1) 
Assim, nada é contingente (casual). (proposição 2) 
e) Existe na mente de todo homem a ideia de um ser que não se pode pensar outro maior. (proposição 1)
Existir só na mente é menos perfeito do que existir na mente e também na realidade. (proposição 2)
Se o ser maior do que o qual não se pode pensar outro só existisse na mente seria menor do que qualquer outro que também existisse na realidade. (proposição 3)
Portanto, o ser do qual não se pode pensar outro maior deve existir também na realidade. (proposição 4) 
Logo, Deus existe e esse ser é o mais perfeito de todos. (proposição 5) 
Premissa 1: ______ 
Premissa 2: ______ 
Premissa 3: ______ 
Conclusão 1: ______ 
Conclusão 2: ______ 
2 - Faça um argumento contento ao menos uma premissa e uma conclusão sobre a questão de quando começa a vida.

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